domingo, 25 de abril de 2021

Curta "Tudo que Você Ama lhe Será Arrebatado" no festival canadense "Stephen King Rules"

 Praticamente um Oscar. Ou, no mínimo uma confirmação de que talvez estejamos em um caminho interessante

Nosso curta baseado em um conto do Stephen King foi exibido em um festival de curtas baseados na obra do autot.E foi quase que um Oscar para mim :)



Desde sexta tá rolando o festival canadense de cinema independente “Stephen King Rules”, festival on-line temático de curtas baseado na obra de Stephen King. E ontem, rolou a apresentação do curta “Tudo que Você Ama lhe Será Arrebatado”, obra que co dirigi com meu brother Lucas Tomaz Neves. E depois rolou o bate papo via videoconferência com os apresentadores. 

E posso afirmar que foi uma experiência única,  gostosa demais, daquelas que dá um novo gás pra continuar nesse tortuoso caminho que é o cinema independente. 

Eu to acompanhando essa onda de apresentações e festivais on-line nessa pandemia desde o ano passado. O mesmo curta foi exibido on-line ano passado pelo pessoal do Curta Suzano,  (festival onde no ano de 2017 nosso protagonista Eduardo Tocha foi premiado como Melhor  Ator pela obra) . Dai rolou bate-papo via videoconferência também da exibição e foi super legal, eu e o Lucas junto com os organizadores, foi bem gostoso. Dai esse ano eu fiz a estréia do meu doc “Bucha de Canhão” também on-line e recebi feedbacks de muita gente. Um mês depois o doc foi convidado pra estar na programação do “Cultura em Casa Mpgi” e foi novamente exibido on-line. Uma semana depois, dentro do mesmo festival, rolou apresentação do longa “Doug na Vida adulta”, longa que trabalhei como produtor e também já tinha estreado on-line. 

Ou seja, esse movimento on-line tem sido uma coisa legal dentro da realidade atual, onde na falta de festivais presenciais, temos os festivais on-line que além de ser um pouco de Cultura gratuita  pro povo durante esses tempos difíceis,  faz com que nosso trabalho atinja um publico que talvez não fosse atingir normalmente com os festivais presenciais. Isso porque nem todo mundo consome cinema independente,  curta-metragem principalmente. E ,claro, tem o “fator acesso” , onde nem sempre tem um festival de  cinema próximo a você pra ir lá assistir, ou quando tem você não tá tão afim de ver aquela programação quando você é público comum.

Eu mesmo poucas vezes fui a festivais de cinema.  E quando fui, era porque tinha algum trabalho meu sendo exibido. E claro, na minha região poucos festivais acontecem. E , óbvio,  tem muito festival que eu quero ver, mas não consigo ir por falta de grana ou então é longe.

Nesse aspecto eu to tentando ao máximo acompanhar os festivais que eu nunca pude ir e estão de graça on-line. Eu vi o doc sobre o impeachment da Dilma que tava pelo “É Tudo verdade”. E também pude ver festivais internacionais. 

Eu, fã assumido do Stephen King,  nunca consegui assistir ver nenhum festival voltado pra obra dele, todos são internacionais, e isso me frustrava. Mas marquei presença em pelo menos um deles, na Holanda, onde meu curtinha foi exibido em 2017.

Semana passada eu pude assistir pela primeira vez um desses festivais temáticos do King, um espanhol e me deliciei com as obras de cineastas independentes como eu que adaptaram algum conto do King. Muita coisa legal mesmo.

E sexta começou o festival canadense,  onde nosso curtinha fazia parte da programação. Outras obras muito legais, principalmente pra quem é fã. Adorei ver e relembrar de contos que já tinha lido. Teve obras que apareceram em ambos os festivais e eu curti pa porra pporque eram curtas muito foda.

E ontem rolou o nosso curtinha. 


Cara, que coisa boa foi essa expectativa, essa ansiedade e até mesmo o  nervosismo. Sim, eu. Tava nervoso pra caralho e tinha que conversar em inglês depois, foi foda. Mas na hora que começou o curta, por 16 minutos  (a duração dele) , eu esqueci isso e só curti. O curta tava lindo, sem dever em nada em qualidade perto dos outros, e o mais  foda: os fãs do King assistindo e comentando e curtindo paca, elogiando e pirando. 

Abaixo segue alguns dos comentários mais legais do chat ao vivo:

Para o nosso protagonista,  Eduardo Tocha “ eu adoro como as expressões faciais do ator falam mais que as palavras” 

Para o roteiro, de Lucas Tomás Neves e este que vos fala “ Nunca imaginei que veria uma adaptação tão fiel dessa história sem o uso de um narrador. Mostra as situações da forma que ele (o protagonista) imaginou.”

Para a obra como um todo “ Forte” e “ Eu estou realmente chorando... tão forte”

Esses foram alguns dos feedbacks que conseguimos anotar na hora, deveriamos ter tirado print   Consegui uns prints da conta de umas contas do Twitter,  uma delas do próprio festival, outra de uma rádio on-line temática da obra do King que ta acompanhando o festival e divulgando ( eles faz um haiku -poesia- para cada filme e dão nota depois pra obra) e ainda uma galera brazuka que só fala da obra do King. Segue também esses prints abaixo








Depois rolou o bate papo,  que foi super foda, mas que infelizmente o Lucas não conseguiu participar. Eu tava nervoso por conta  de ser ao vivo pro mundo inteiro numa língua que não é a minha. E o lance do Lucas não estar conseguindo entrar foi me incomodando. Mas foi legal a conversa,  eles foram super gentis e desenvolvi bem no final das contas, revi depois e percebi que não deu pra notar que eu tava tão nervoso. Um dos apresentadores veio me adicionar aqui no face depois e conversamos de novo, rolou um convite pra participar de um livro que ele vai escrever sobre cineastas que adaptam a obra do King,  foi du caralho.

Mas, o mais foda de tudo e o que tava me deixando mais ansioso era justamente feedback dos fãs do Stephen King. Porque era a primeira vez que eu iria acompanhar reação de fãs do autor e eu como fã sei como fico puto quando alguém adapta de forma tosca. Mas , pra minha felicidade eterna, os fãs do King curtiram,  entraram na brincadeira, acharam os easter eggs, foi muito gratificante mesmo. Mexeu comigo. Confesso que até chorei se leve....

E isso, mesmo depois dos 5 prêmios pra obra, foi o meu Oscar pra esse trabalho. A melhor coisa que aconteceu pra mim pra esse trabalho, ultrapassando o que antes era meu ponto alto pra obra que foi o prêmio de melhor roteiro adaptado.

Uma noite mágica,  simples assim


Leonardo Granado - Produtor


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