terça-feira, 18 de abril de 2017

Quem sou eu e o porque desse blog


Repostando do blog original http://leonardogranadoprodutor.zip.net/

Postagem original datada de 01/02/2012

Na minha busca por uma melhor colocação nesse mercado de trabalho tão competitivo, pensei que seria interessante manter uma página pessoal na Internet que não fosse de uma rede de relacionamento.E o objetivo dessa página seria justamente colocar no ar meu portfólio como ele é hoje e ir atualizando a cada novo trabalho.
Começarei então me apresentando e falando da minha história para depois post a post exibir os trabalhos:
Meu nome é Leonardo Granado de Andrade, tenho 27 anos, sou natural de Mogi das Cruzes (interior de São Paulo), solteiro e formado em Radialismo pela faculdade Oswaldo Cruz.Meu maior tesão hoje é trabalhar com produção, focado em audiovisual.Experiência em rádio eu nunca tive fora do âmbito acadêmico, mas admito uma curiosidade apesar de não ser esse o meu foco.
Diferente do que a minha pouca experiência profissional pode dizer, já vivi muita coisa dentro da área.Tudo começou em 2003 quando tive um contato com o teatro no intuito de ser ator.Ingressei em uma companhia amadora de teatro chamada Teagi, do diretor e autor Welber Skaull.E como em todo grupo pequeno todo  mundo faz de tudo, acabei ajudando na produção e foi aí que nasceu o amor pela profissão.Me descobri um péssimo ator, mas nasceu naquela companhia teatral o Leonardo Granado - Produtor.
Nessa companhia teatral eu fiquei por 2 anos fazendo produção, sonoplastia e iluminação.Nela vivi muitos momentos de muita satisfação e alguns poucos de chateação.O que guardo na lembrança com maior carinho dessa experiência foi quando eu pude ligar para o meu diretor e contar que tinha fechado um patrocinío com uma loja de móveis que ia nos ajudar a montar o cenário da nossa peça de maior sucesso "Ser ou não ser, eis a questão".
Nesse momento eu já cursava o segundo ano de faculdade de RTV na minha cidade e a partir daquele ano foi uma experiência gratificante atrás da outra: dos trabalhos de âmbito acadêmico da UMC, o que eu destaco com maior gosto foram os do terceiro ano de faculdade, onde produzi/roteirizei/dirigi episódios pilotos de programas para televisão e rádio, que era a proposta acadêmica daquele semestre.
No meio do terceiro ano de faculdade, o grupol teatral não existia mais e coincidentemente alguns bons professores foram saindo do curso e o mesmo corria perigo de fechar.Desmotivado e com medo de me formar e depois meu diploma perder peso no mercado de trabalho por ser um curso que não existe mais na faculdade, tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida: tranquei a faculdade e fui atrás de outra instituição.No ano seguinte, após 6 meses de análise e busca por instituições de ensino em São Paulo, optei pela Faculdade Oswaldo Cruz e nela ingressei transferido da UMC.
A diferença de currículo de uma faculdade a outra me obrigaria a fazer algumas matérias do segundo ano antes de ingressar no terceiro.Optei por fazer todas as matérias do segundo ano, pois acredito piamente que conhecimento nunca é demais, mesmo que seja revisão.
Estudar na Oswaldo Cruz foi algo muito diferente na minha vida.Começava por eu estar em uma cidade diferente, vendo gente diferente e entrando em um outro ritmo de vida.Conheci pessoas que já estagiavam em emissoras grandes e pequenas e também em produtoras e isso me deu um gás novo.Naquele mesmo ano eu consegui um estágio na TV via Internet ALLTV.
Na ALLTV pouco tempo fiquei, mas muito aprendi.Eu fazia mesa de corte e mesa de som nos programas ao vivo.Ajudava também na preparação do estúdio, na troca de um cenário para o outro e ainda no posicionamento das câmeras.Foi uma experiência muito boa, onde eu além de me sentir realizado com um começo de carreira promissor, ainda aprendi muito convivendo com quem convivi.
Infelizmente não pude continuar na emissora quando me chamaram para fazer o turno da madrugada, pois coincidentemente passei a enfrentar sérios problemas familiares que exigiam a minha presença em casa o maior tempo possível.Ao mesmo tempo ( e pelo mesmo motivo ) me vi obrigado a também voltar atrás na minha decisão de fazer todas as matérias do 2º ano de faculdade de novo e acabei cursando somente aquelas que eu realmente precisava para ingressar no 3º ano.
No 3º ano, com a minha vida mais estável, pude voltar a procurar estágio ou emprego.A primeira oportunidade maravilhosa que apareceu naquele ano foi o programa Ídolos, que se mostrou outra experiência rica e gratificante.Naquele ano de 2007 acontecia a primeira edição do programa na rede Record e eu participei como estagiário voluntário juntamente com outros alunos da minha faculdade.A participação dos voluntários na produção foi durante as seleções de candidatos que aconteciam em São Paulo.A primeira fase aconteceu no Ginásio do Ibirapuera, onde eu trabalhei de várias formas: organizando as filas, orientando os candidatos antes e depois das seleções, auxiliando os jurados durante as audições e até mesmo como animador de platéia durante as gravações de inserts.A segunda fase dessa seleção aconteceu em um hotel e foi uma diária mais tranquila de gravação, onde dos estagiários pouco se exigiu: apenas acompanhamento e orientação dos candidatos.
Logo em seguida surgiu a oportunidade no SBT.Fui estagiário de produção do programa "Casos de Família" e essa experiência foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida.Cada dia que eu pisei naquela emissora eu me senti pleno e feliz.Eu tinha vontade de beijar o crachá toda vez que eu o colocava no peito.Minha função como estagiário de produçãop era sugerir temas para pauta do programa, visitar comunidades carentes em busca desses temas e ainda estar a disposição da produção durante os dias de gravação.Dentro disso, o que eu mais fazia era subir morro todo santo dia atrás de casos que se encaixassem na minha pauta.E uma vez que eu os encontrava, os entrevistava para ver se era verdade ou não.Depois que eu constatasse que era um bom caso, eu acompanhava o convidado até a emissora para a diretora de produção aprovar o caso ou não.Somente depois dessa aprovação a pessoa participava do programa.Uma vez vez aprovado, no dia da gravação eu buscava essa pessoa na sua residência, acompanhava ela até a emissora e dentro da mesma eu ajudava a preparar esse convidado para entrar no ar.Durante as gravações eu geralmente ficava dentro do estúdio para auxiliar a apresentadora, que na época era a Regina Volpato.
Pela minha vontade eu teria continuado no programa até me formar e ser dispensado ou então ser efetivado, mas infelizmente nós tinhamos metas mensais de convidados que deveriamos levar E ser aprovados.E por conta disso, por não bater meta, eu fui dispensado.
Foi difícil demais, um dos piores momentos da minha vida, mas bola pra frente.
O que muito me atrapalhou depois disso foi que essa dispensa do SBT ocorreu no final do ano e quase no 4º ano de faculdade é praticamente impossível conseguir um estágio.Quando entrei no 4º ano então, nem tentei mais.Foquei só em emprego, mas com essa pouca experiênca profissional isso também se mostrou uma tarefa impossível.Passei então a me dedicar 100% na formação acadêmica, o que hoje me trás bons frutos: ainda no 3º ano produzi e roteirizei a adaptação de um conto literário para a gravação de um curta-metragem, pois essa era a proposta acadêmica daquele último semestre do 3º ano.O conto escolhido foi "A última partida", do escritor André Vianco.A proposta do trabalho era ou conseguir uma autorização de um autor para adaptar a sua obra ou então escolher uma obra que já estivesse em domínio público.Optamos por tentar autorização e eu fui atrás do autor em um workshop que ele deu naquele ano e do qual participei.Na primeira aula abordei o mesmo e perguntei se ele tinha algum conto que ele quisesse adaptar e se topava que universitários o fizessem.Esse foi um ponto de virada muito forte na minha vida  eu considero também um dos momentos mais importante da minha história, pois o Sr. Vianco (vulgo patrão rsrsrsrs) não só topou a idéia como depois de 2 anos me convidou a trabalhar com ele em uma produção sua.Mas estou me adiantando, voltemos a ordem cronológica: aos trancos e barrancos gravamos esse curta e apesar de não ter ficado do jeito que sonhávamos, tenho muito orgulho dele.Tanto orgulho e carinho que ano passado (2011) inscrevi e concorri em um festival de curtas com ele.
Me formei (finalmente) no final de 2009 e com o diploma embaixo do braço fui atrás de emprego.Ai caiu a ficha do quanto o mercado é fechado, difícil e muitas vezes cruel.Muitas foram as tentativas, as entrevistas e os "eu entro em contato com você" que eu vivenciei desde então.Pouca experiência, claro,mais que justo.E outro agravante em muitos casos foi o meu endereço.Não morar na grande São Paulo foi o motivo dado por muitas pessoas que não me contrataram.Não entra na cabeça de muita gente que eu consigo de trem chegar na estação da Luz em 1 hora, enquanto muita gente leva quase o dobro de tempo morando EM São Paulo.
Foi um período difícil, o gás foi gradativamente diminuindo mês a mês, até que o meu caminho e o do Sr. André Vianco se cruzaram de novo.Bienal do livro de 2010, eu apaixonado por leitura nunca tinha ido a uma Bienal.Decidi que aquele seria o ano.E ao ver que o André estaria em um estande, decidi que era mais do que hora dele ganhar a cópia dele daquele curta que gravamos baseado na sua obra (perdemos contato, pois 2009 foi um ano corrido para ambos e deixamos de trocar e-mails).Cheguei no estande do cara, entrei na fila com os outros fãs (sim, também sou fã, tenho quase todos os livros) e quando chegou a minha vez perguntei se ele lembrava de mim e dei uma cópia do curta pra ele depois de pedir mil desculpas pela demora.Ele de boa, agradeceu e passou a autografar os livros.Dai ele perguntou o que eu tava fazendo da vida.Respondi que tava procurando trabalho na área. "Me manda um CV" ele disse e eu gelei.Eu já sabia do que se tratava: ele tava produzindo um piloto de seriado e tava montando equipe. E naquele momento eu soube que eu ia ter a minha chance.
E que chance!Eu não só entrei para a equipe de 1 trabalho, mas conheci pessoas que mudaram e ainda mudam a minha vida.O André não sabe porque eu nunca dei voz a isso, mas aquele dia na Bienal foi O momento mais importante da minha vida até então.Eu finalmente estava tendo a minha primeira chance pós-faculdade e eu a agarrei com unhas e dentes.Eu entrei pra equipe do "O Turno da Noite". O OTN é uma trilogia de livros que o autor decidiu adaptar para uma seriado de TV que ele roteiriza e dirige.Ele me chamou para a vaga de Contra-regra.E foi engraçado porque tanto ele quanto seu assistente de direção (Bruno Fai) pareciam estar pedindo desculpas por só terem essa vaga, mas afirmavam que em projetos futuros ia sim precisar de novos produtores.É engraçado porque eu tinha vontade de falar pra eles "Cara, de boa, relaxa.Tá bom demais, eu tenho que começar de alguma forma.Tô mais do que feliz de estar aqui, independente do que eu for fazer.".Expliquei pra eles só que eu não tenho habilidade manual nenhuma, não sei pregar um prego, mas eles falaram que de boa, dá-se um jeito.E deu.Rolou.Quando eu não sabia/conseguia fazer algo, 10 pares de mãos surgiam do nada pra me ajudar.Destaque para Luíz Luna, Ricardo Alievi e Carlos Eugenio Malfatti. - irmão de suor, eu nunca vou esquecer, pode acreditar- .
Fiz de 1 tudo no OTN: fabriquei objeto de cena, disponibilizava os mesmos no set.Junto com a equipe montava e desproduzia o cenário.Levei e busquei pessoas em suas residências.Fui buscar serragem no CEAGESP no meio da noite (depois de 1 mês ainda achava serragem no carro rsrsrs).Dirigia de Mogi a Osasco quase todo dia, dormia pouco e tava sempre cansado, mas foi a época mais feliz da minha vida, pois tava tudo redondinho: vida pessoal, vida amorosa e finalmente a vida profissional.E o NOSSO piloto ficou lindo!Dá um orgulho inenarrável falar que fiz parte dessa produção.Os frutos dela colho ainda hoje com os contatos que eu fiz e as amizades que acredito que podem durar toda a vida.Tanta gente do bem, batalhadora e guerreira.E o Sr. Vianco, um caso a parte.A melhor descrição que eu já ouvi dele veio da boca da Senhorita Esperança, Aline Esperança (uma baita produtora) : "O André tem um coração do tamanho do mundo".E é bem isso mesmo.Ele é uma pessoa muito do bem e batalhador na mesma intensidade que é sonhador.O que eu aprendi com ele foi o seguinte: não fica só sonhando e tentando realizar, FAÇA acontecer!Para não me estender mais falando dele, só quero dividir uma dúvida que eu tenho: o que é mais gratificante, trabalhar com quem a gente admira ou poder chamar essa pessoa de amigo?Essa é a minha dúvida quanto ao Sr. Vianco, vulgo patrão.
Com a produtora Criamundos (empresa do já muito citado autor)  eu ainda fiz um curta-metragem chamado "Saia do meu quarto", dessa vez assinando como produtor.Esse curta de terror foi muito gostoso de fazer também, pena que foi um trabalho rápido.
Atualmente (Janeiro de 2012) com a Criamundos estou na pré-produção de seu primeiro longa-metragem.E ao mesmo tempo, produzo e dirijo um projeto pessoal: 1 documentário sobre soldados brasileiros na 2ª guerra mundial.Esse projeto eu conto com uma equipe maravilhosa formada por pessoas que conheci na Criamundos ( Alan Rodrigues, Aline Esperança, Luíz Luna, Andréia Melo e Beto Perocini). É 1 trabalho muito gostoso e também uma lição de vida, pois só Deus e esses senhores sabem o que é uma guerra.Mas se Deus quiser (e Ele quer) com esse trabalho vamos ajudar a jogar mais uma luz e fazer com que mais gente entendar (nem que seja um pouco).
É isso ai, essa é a minha história profissional até o presente momento.Tô terminando uma oficina de roteiro para cinema, terminando um curso de espanhol e produzindo 1 documentário .E ainda me encontro com muita vontade de criar/participar/se envolver em muito mais coisa.Fome e garra para produzir muito mais coisa.Eu vou deixar a minha marca nesse mundo e ela não vai ser pequena nem a pau.

Leonardo Granado - Produtor.

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